Updates on Brazil's status on research into social and environmental impacts of wind energy
by Adryane Gorayeb and Christian Brannstrom
Please find the portuguese version below!
Brazil’s rapid and recent increase in wind power installed capacity has attracted little social and environmental science, but since 2011 studies have begun to accumulate and now offer some generalizations and help sustain new research networks. The Wind Energy Observatory, launched in 2018, is one such network, aiming at gathering wind energy related social and environmental research in Brazil. It includes researchers from the post-graduate program in Geography at the Universidade Federal do Ceará (UFC) and partners from several universities who are dedicated to the study of socio-environmental impacts caused by the wind farms in Brazil. The principal goal is to stimulate national-level dialogue and discussion about this topic, be a source of information for researchers and the general public, and disseminate relevant studies on this topic.
One outcome of the Wind Energy Observatory is the edited book, "Socio-environmental impacts of wind farms in Brazil," to be published in June 2019. It will synthesize research conducted since 2011 on wind farm impacts in Brazil. The book is edited by professors from the Department of Geography of the Universidade Federal do Ceara (Brazil) and Texas A&M University (USA) with more than 20 chapters authored by scholars from five Brazilian universities, located in the areas with greatest wind power output such as Rio Grande do Norte, Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará and Piauí. The book will be published in Portuguese and will be made available freely through online means and in print. The Wind Energy Observatory will soon have more information about this book.
An article published in Energy Research & Social Science, titled “Wind power gone bad: Critiquing wind power planning processes in northeastern Brazil” and led by Dr. Gorayeb from UFC, analyzed the largest (104.4 MW) and oldest (2009) wind farm at the time in north-eastern Brazil. The article focuses on the planning and licensing processes of wind farms and the approval steps that involve corruption in various stages, from project description, project approval, and construction, to the inadequate mitigation policies used by firms after construction.
Another article published in Renewable and Sustainable Energy Reviews, titled “Is Brazilian wind power development sustainable? Insights from a review of conflicts in Ceará state” and led by Dr. Brannstrom from Texas A&M University (CV ), synthesizes conflicts caused by the construction of wind farms in sites inappropriate from environmental, legal, and social points of view in coastal north-east Brazil. The article concludes that environmental impacts caused by wind farms located on dune fields and other coastal systems created severe conflicts because they denied access of communites to natural resources that sustain livelihoods and cultural identity. Both articles offer several suggestions to governments, communities, and wind firms on how to reduce current and future conflicts.
Portuguese Version
O aumento rápido e recente da energia eólica no Brasil possui pouco estudo social e ambiental, mas a partir do ano de 2011 os estudos vêm acumulando e sustentam novas redes de pesquisa. O Observatório da Energia Eólica é criado nesse contexto de dar visibilidade às pesquisas que abordam energia eólica no Brasil e, em junho de 2019, estará lançando uma obra que sintetiza os resultados de pesquisas desenvolvidas desde 2011 sobre os impactos socioambientais da implantação de parques eólicos no Brasil. Esta obra, cujo título é “Impactos socioambientais da implantação dos parques de energia eólica no Brasil” está sendo organizada por professores dos departamentos de Geografia da Universidade Federal do Ceará (Brasil) e da Texas A&M University (EUA) e contará com mais de vinte capítulos de autores oriundos de cinco universidades brasileiras localizadas nas regiões de maior produtividade eólica, como Rio Grande do Norte, Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará e Piauí. Em sua primeira versão, o livro será publicado em língua portuguesa, sob o título “Impactos socioambientais da implantação dos parques de energia eólica no Brasil” e será disponibilizado ao público em formato digital (distribuição on-line gratuita) e impresso. Em breve, o site do Observatório da Energia Eólica trará maiores informações sobre a publicação.
O Observatório da Energia Eólica, lançado em 2018, reúne um grupo de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e seus parceiros de diversas universidades que se dedicam em estudar os impactos socioambientais causados pela implantação dos parques eólicos no Brasil. O intuito principal é o de estimular o diálogo e a discussão em nível nacional sobre o tema, servir de fonte de consulta para pesquisadores e curiosos e divulgar os estudos científicos mais relevantes ao tema.
Recentemente, foram publicados pelo grupo da UFC artigos em Energy Research & Social Science (2018) e Renewable and Sustainable Energy Reviews (2017).
O artigo publicado na Energy Research & Social Science, intitulado Wind power gone bad: Critiquing wind power planning processes in northeastern Brazil foi liderado pela Dra. Gorayeb da UFC e analisou o então maior (104,4 MW) e mais antigo (2009) parque eólico localizado no Nordeste do Brasil. No artigo estão em foco os processos de planejamento e licenciamento da implantação de parques eólicos, assim como as etapas de aprovação que envolvem corrupção em diversos níveis, desde a apresentação, aprovação e construção de grandes obras, às políticas de mitigação inadequadas impostas pela empresa já instalada.
O artigo publicado publicado na Renewable and Sustainable Energy Reviews, intitulado Is Brazilian wind power development sustainable? Insights from a review of conflicts in Ceará state foi liderado pelo Dr. Brannstrom da Texas A&M University (CV) e sintetizou os conflitos causados pela instalação de parques eólicos em territórios inapropriados (ambientalmente, legalmente e socialmente) no litoral do Nordeste do Brasil. O artigo conclui que os impactos ambientais causados por parques eólicos que se localizam em campos de dunas e outros sistemas costeiros, criam graves conflitos ao negar o acesso das comunidades aos recursos naturais que sustentam seus meios de subsistência e sua identidade cultural.
Ambos os artigos oferecem sugestões para governo, comunidades e empresas sobre como reduzir os conflitos atuais e futuros.